Francês sabe fazer drama

4 incríveis filmes franceses para quem gosta de um drama.
*Contém dicas fortes para os que choram por qualquer coisinha (eu)*.

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Tomboy (2011): Um drama delicado nos detalhes e forte nos sentimentos. Nele, conhecemos Laura, uma garota de 8 anos que enxerga-se e comporta-se como um menino e por assim se identificar, para os demais apresenta-se como tal. Suas tentativas em fazer amizades e ser aceita como um garoto são comoventes e, apesar das mentiras à sua família e à vizinhança, acaba-se torcendo pra que ela não seja desmascarada. (Só acho que a arte imita a vida).

 

A Delicadeza do Amor (2011): Após perder o grande amor da sua vida, uma mulher bem sucedida acredita que não é possível recomeçar. Até que reencontra o amor em um homem desinteressante e feio aos olhos dos seus colegas de trabalho. Um romance não tão clichê (até porque o “mocinho” nunca é feio) para mostrar que o amor está nos pequenos gestos e é o sentimento mais gostoso dessa vida. Além de deixar aquela liçãozinha de que a beleza é relativa e a interior é a mais valiosa entre todas as outras.

A Delicadeza do Amor - Crítica do filme by Película Criativa 3.jpeg

Intocáveis (2011): Não há palavras para descrever essa história real, com início, meio e fim maravilhosos! Se ainda não o viu, por favor, veja. Um milionário tetraplégico, busca um novo enfermeiro pois, genioso, não conseguiu adaptar-se com os últimos empregados que passaram pela sua residência. Surge à sua porta o jovem Driss; um negro de classe média baixa que precisa apenas declarar à justiça que esteve à procura de emprego. Para sua surpresa, Driss é recrutado. Nos meses que seguem, inicia-se uma amizade moldada no respeito e atenção. Caracterizo este filme, como um dos mais comoventes que assisti.

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Posso colocá-lo ao lado de outro filme francês baseado em uma história real, o Escafandro e a Borboleta (2007). Este, conta a história de Jean-Dominique Bauby,  um dos antigos editores da revista de moda Elle. Anos 43 anos, Jean sofreu um AVC resultando na chamada “síndrome de encarceramento”: uma mente cheia de pensamentos e memórias dentro de um corpo paralisado, onde movimenta-se apenas o olho esquerdo. E, é por esta perspectiva que a maior parte do filme se passa. Tendo de viver com sua nova condição, Jean recebe os cuidados de um enfermeira que desenvolve um sistema de comunicação. Ela soletra as letras do alfabeto por ordem de utilização, por meio de um piscar de olho Jean sinaliza a letra formando as palavras. Neste sistema, Jean escreveu o livro autobiográfico que leva o mesmo título do filme.


Uma ótima vida.
Valeu! :*

dia do contador de histórias

Oi, tudo bem?

No dia 20 de março é comemorado o Dia do Contador de Histórias. Pensar nessa profissão me remete à minha infância e aos eventos infantis espalhados pela cidade que minha mãe me levava  e das “semanas culturais” que aconteciam nos colégios que estudei durante o ensino fundamental. Até porque, antes de existir YouTube, tablets e celulares multifuncionais, para uma criança ouvir uma história era assim: percebendo o sentir, a alegria e o encanto do contador.

E falando em contador de histórias, como não pensar no maior contador de histórias do cinema? Forrest Gump – O contador de histórias. Em um banco de ponto de ônibus, Forrest conta a longa jornada da sua vida para quem ali resolve sentar. Ele ensinou Elvis Presley a dançar, inspirou a mais famosa composição do John Lennon, lutou na guerra do Vietnã, foi campeão de Ping Pong, conheceu vários presidentes dos EUA, presenciou a entrada dos negros das universidades e mais um monte de coisas. Um clássico!

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No cinema nacional, também há a presença de um incrível contador de histórias e pedagogo. Porém, dessa vez, trata-se da biografia de Roberto Carlos Ramos que é contada no filme O Contador de Histórias.
Roberto Carlos é o mais novo de 10 irmãos, quando aos 6 anos sua mãe o conduziu para viver na Febem (atual Fundação CASA), já que não possuía condições de cria-lo. Em meio a fugas, retornos e analfabetismo, aos 13 anos Roberto foi adotado por uma pesquisadora francesa que estava visitando a Febem para finalizar sua tese de doutorado. Após a adoção, a trajetória de Roberto Carlos contém muito estudo e trabalho. O que resultou em um ser humano com condição suficiente para criar uma grande família: 13 crianças adotadas da Febem. Excelente filme e excelente história de vida! 🙂 Vale a pena assistir.

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Entrevista de Roberto Carlos Ramos no programa Jô Soares:


E ai, que histórias a gente pode contar hoje?


Uma ótima vida!
Valeu. :*

Gilbert Grape

Filme: Gilbert Grape – Aprendiz de Sonhador
Diretor: Lasse Hallström
Ano: 1994

Oi, tudo bem?

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A história do jovem Gilbert Grape acontece na pequena cidade de Endora. Ali, Gilbert nasceu, foi criado e viveu toda a sua adolescência. Desde que seu pai suicidou-se, Gilbert trabalha em um mercadinho da cidade para sustentar sua família: a mãe depressiva e obesa mórbida, as duas irmãs que precisam cuidar da mãe e o caçula Arnie, um garoto de 17 anos com problemas mentais e que fica aos cuidados de Gilbert. As coisas começam a mudar quando Gilbert conhece Ellen, que está de passagem pela cidade. Ele, que até o momento possuía um caso com uma mulher casada, apaixona-se por Ellen e os dois passam ótimos momentos juntos até o dia em que ela precisa partir.

Finalmente assisti o filme que rendeu a primeira indicação ao Oscar para Leonardo DiCaprio – e a sua atuação é realmente muito boa! Arnie é ingênuo e interpreta as situações a sua volta como uma grande piada. Ele é muito amado e protegido pela mãe, que o chama de “milagre”, já que há 17 anos é desacreditado pelos médicos.

Apesar de todas as dificuldades que a família enfrenta e as brigas constantes, o lar é cheio de preocupação e afeto demonstrado pelas diversas situações de cuidado entre os familiares.

Assistindo ao filme, existem momentos em que chega-se a ter raiva do pobre Gilbert de tão boa pessoa que ele é. Eu poderia fazer uma lista com as suas qualidades. Ele é um personagem de uma empatia tamanha. Devido aos problemas da vida, Gilbert desenvolveu o costume de colocar as necessidades alheias sempre à frente das suas; não suporta saber que as pessoas machucam seu irmão indefeso ou ver que sua mãe virou piada na cidade.

Ele preocupa-se em como os outros irão receber as suas palavras e atitudes. Toda a energia de Grape é destinada apenas ao outro. Porém, há um momento em que ele se desgasta e as consequências desse desgaste são significativas para Grape que conclui que por mais que as vezes queira pensar um pouco mais em si, ele ama a sua família acima de qualquer coisa – talvez mais que a ele próprio.

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Apesar do filme ser antigo, podemos imaginar quantos “Gilbert Grapes” estão por aí, espalhados pelo mundo. Esquecendo-se de si para doar-se ao semelhante. Encontrando refugo apenas nos seus sonhos e nos poucos amigos que tem. Talvez eu tenha viajado demais em cima do personagem e da sua história. Mas achei ela sensível e de alguma forma capaz de levantar algumas perguntas a respeito de à quantas anda a minha própria capacidade de colocar-se, o mínimo que seja, no lugar do outro. E claro, nunca desistir de acreditar que as coisas irão melhorar.

Enfim, poderia resumir tudo isso em uma frase só: Gilbert Grape e sua luz própria apenas acontecem. 🙂

Espero que gostem.


Uma ótima vida!
Valeu. :*

Mesmo se nada der certo (Begin Again)

Mesmo Se Nada Der Certo
Diretor: John Carney
Ano: 2014

Oi, tudo bem?

Quando coloquei esse filme pra assistir eu jurava que seria uma comédia romântica meio cult, meio hipster. Se fosse eu não iria achar ruim. Mas confesso que me surpreendi com tudo!

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O filme se passa na cidade de Nova York, onde vive o personagem de Mark Ruffalo, o Dan.
Dan é um produtor musical falido, com problemas emocionais e familiares. Em um dia de merda, Dan entra em um bar e então depara-se com Gretta (Keira Knightley). Uma cantora e compositora que, depois de um dia de merda, estava no bar com um amigo que a convida para subir ao palco e cantar uma de suas músicas.
E ai, a magia acontece (rs). Dan vê em Gretta um potencial incrível e a convence de que pode produzi-la. Dadas as péssimas circunstâncias profissionais em que Dan se encontra, ele precisa gravar o disco com custo zero. Caça os músicos e, no meio de Nova York, gravam o disco de Gretta.

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Durante a gravação do disco, Gretta e Dan ajudam um ao outro emocionalmente, mesmo que não o saibam!
Esse é mais um daqueles filmes que possuem uma sensibilidade tamanha! 🙂 Todos os personagens centrais da história são fracassados de alguma forma e isso independe da idade, beleza ou situação financeira do personagem.

E claro que, a trilha sonora é excelente, dada ao fato de ser um filme todo musical.

“E, Deus, nos diga o motivo
De a juventude ser desperdiçada nos jovens
É temporada de caça e esse cordeiro está correndo
Estamos procurando por significado
Mas não somos todos estrelas perdidas
Tentando iluminar o escuro?…”


Uma ótima vida!
Valeu. :*

O menino e o mundo

Oi, tudo bem?
Na semana passada, assisti a animação O Menino e o Mundo, que está sendo exibida gratuitamente em Curitiba.
O Menino e o Mundo é um filme brasileiro, dirigido por Alê Abreu e neste ano, concorre ao Oscar de Melhor Filme de Animação.

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Apesar do desembaraço de seus traços, o filme é mais complexo do que podemos sugerir quando se começa a assistir. Então, vamos lá à minhas impressões pessoais sobre a obra:

Sinopse: A história gira em torno de um menino que sai pelo mundo em busca do seu pai que deixou para trás a casa da família visando um emprego melhor. Na sua saga, o menino depara-se com muitas novidades: pessoas, máquinas, a cidade grande, a desigualdade social, o consumo, etc.

A fotografia e o desenho

A particularidade de O Menino e o Mundo quando se trata de seus aspectos visuais é a simplicidade.
Há a presença de desenhos com traços fortes feitos com giz de cera, lápis de cor, colagens e pinturas. Nos dá a impressão de que tudo aquilo não passa de uma brincadeira de criança. Com cenários imaginários que vem e vão, alguns detalhes são de encher os olhos.
Um exemplo é a música; não contente em apenas nos fazer ouvir a música doce da flauta do pai do menino, o autor achou digno transformá-la em algo visível, por meio de partículas laranjas que ele guarda em um potinho <3. Foi a primeira vez em que VI a música e achei isso de uma sensibilidade tamanha.

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Os sons

Outra técnica usada para mexer com a imaginação de quem assiste é a ausência de diálogos. São poucos os momentos do filme em que ouvimos o que “parece ser uma conversa.” A princípio, aquilo são apenas sons aleatórios imitando a voz do personagem, porém, é o nosso português – só que de trás para frente.

Os sons e os ruídos dão uma vida fantástica ao longa e também foram criados especialmente para ele. O diferencial é que os animais, automóveis, máquinas, etc., foram copiados do mundo real e somados à distorções para que representassem exatamente como o menino estaria ouvindo as suas descobertas (o por isso da música ser visível).
Além disso, a trilha sonora possui uma certa reflexão ao cunho social. Ela representa muitas coisas: a alegria de um povo, a opressão, tristeza, fome, saudade, etc…O rapper Emicida interpreta a música tema do filme, “Aos Olhos de Uma Criança”, que pode ser ouvida aqui:

A mensagem

Em sua jornada de descobrimento, o menino, morador de uma casa simples do interior, encontra seu pai em uma fazenda destinada ao plantio de algodão. Ali, depara-se com a primeira cena de desigualdade: mão de obra barata e oprimida e um fazendeiro rico e explorador.
A exploração vista no campo é repetida quando o menino chega às indústrias. Primeiro, trabalhadores cansados e em seguida, a substituição destes por máquinas e o descarte do proletário.
À parte de toda essa descoberta, o menino conhece famílias pobres enquanto outras se banham no luxo e a força do consumismo enquanto as florestas somem! Tecidos, roupas, sapatos, rostos famosos e tudo o mais que estamos acostumados, ilustram a desigualdade social e sensibilizam o espectador à uma realidade que, devido ao triste costume, nos passa despercebido.

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Aos olhos de uma criança, tudo tem um pouco de vida diferente. Até lembrei de Saint-Exupéry, de que só se vê em com o coração. 🙂

Todavia, devido ao estímulo de imaginação, O Menino e o Mundo pode ainda despertar outras reflexões em adultos e crianças, cada qual com sua razão e nível. E com certeza, vale muito a pena conferir!

Estou na torcida pelo Oscar.

Assista ao trailer: https://www.youtube.com/watch?v=l7x8oi_1GBo

Espero que gostem!


Uma ótima vida!
Valeu. :*

 

 

Loucuras de um gênio – The Devil and Daniel Johnston

Oi, tudo bem?

Loucuras de Gênio (The Devil and Daniel Johnston) é um documentário angustiante que mostra a trajetória do cantor Daniel Johnston. Então, segue breve resumo e minhas impressões pessoais.

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Daniel Johnston é uma figura completa – cantor, compositor, músico e artista. 🙂
Durante sua juventude, recebeu o diagnóstico de transtorno bipolar. O que tornou sua vivência uma batalha e transformou a vida do gênio de cabeça para baixo.

Durante a infância, Daniel era uma criança promissora e com inteligência acima da média. Na adolescência, por sua vez, começou a demonstrar os primeiros sinais de uma saúde mental debilitada. Ele possuía a certeza de que seria famoso e de que era um ótimo artista, sua auto confiança era plena!  Gravava a si mesmo recriando cenas do cotidiano com muito bom humor, fazia desenhos sobre os seus sentimentos, gravava todos os seus pensamentos e adorava tocar piano.

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Conforme passaram-se os anos, após tentativas de fazer Daniel se encaixar em uma universidade, seus pais o mandaram para morar com um irmão. Feita a mudança, Daniel não apenas conseguiu um emprego no McDonald’s, como também, fez da garagem de seu irmão um estúdio improvisado – onde gravou seu primeiro álbum, o “Hi, How Are You?”.
Foi distribuindo suas fitas de mão em mão, que Daniel finalmente realizou seu sonho: apareceu na MTV, tornou-se famoso e um cantor promissor.

E então, começaram os delírios. Daniel acreditava que era um enviado de Deus e que tinha que combater o mal a todo custo. No auge de suas crises, Daniel falava apenas sobre assuntos religiosos e demoníacos.
Depois de muita crise foi medicado, preso e internado. Nunca deve ter sido fácil ser Daniel Johnston. Suas músicas são verdadeiras e expressam sentimentos reais, de amores não correspondidos a monstros mentais. Daniel é apenas verdadeiro, apesar de tudo.
Vale a pena ver o documentário que tem na Netflix e conhecer a obra desse ilustre homem. Fiquei surpresa com o quanto ele foi importante para a cena underground na época e trabalhou ao lado de grandes bandas (Sonic Youth, Velvet Underground).
Caracterizo o filme de sua vida como triste e pesado. Daniel matava um leão por dia, sim! E muitas vezes, é possível sentir a sua dor e principalmente, a dor de sua família.
Devido aos seus problemas, Daniel entrou em declínio e a venda de sua obra não resistiu, o que o tornou um cantor “pouco” conhecido. Uma grande pena!!

Inclusive, o meu primeiro manager, vive sua vida em busca de fazer com que TODAS as pessoas conheçam Daniel Johnston. Bora conhecer?

Ouça aqui no Spotify

Ou no YouTube!

❤ Coração dói.


Uma ótima vida.
Valeu! :*

3 lançamentos de 2016

Oi, tudo bem? 🙂

2016 está sendo um baita ano quando o assunto é filme em cartaz nos cinemas do Brasil. Apenas nesse inicio de ano, tive a oportunidade de ver 3 das grandes estreias que me interessaram, são estas: Os 8 Odiados, Peanuts – O Filme e O Regresso.
Sobre eles que irei falar aqui hoje.

Os 8 Odiados
O oitavo filme de Quentin Tarantino trás junto todas as marcas registradas do diretor: diálogos longos, personagens autênticos e muito, muito sangue!
A história começa com John Ruth transportando Daisy, uma assassina procurada, por quem espera entregar e receber certa recompensa. Durante a viagem, John aceita dar carona a um caçador de recompensas, Marquis Warre e a um xerife, Chris Mannix. Então, em meio à uma terrível tempestade de inverno, eles se veem obrigados a procurar abrigo. Fazem a parada no armazém de Minnie, uma antiga conhecida de ambos, para passar a noite. Chegando no armazém, quatro outros desconhecidos já estão abrigados e, no decorrer da noite, os impasses começam a acontecer entre os viajantes no local.
Em meio a segredos revelados e confrontos, são quase 3 horas de um filme divertido, inteligente e tenso do inicio ao fim. Já coloquei na minha lista de filmes favoritos do Tarantino. 🙂

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Peanuts – O Filme
Sou suspeita pra falar de Peanuts já que sou fã desde criança, mas juro que o filme me surpreendeu – eu esperava bem menos do que realmente é!
Charlie Brown mais uma vez entra numa saga de paixão e fracasso pela garotinha ruiva.
Gosto como certas temáticas são abordadas na obra de Charles Schulz e como, apesar do passar do tempo, a simplicidade inicial não se perdeu. O adulto e a criança que assistem a Peanuts se deparam com assuntos humanos de uma maneira pura: amor, amizade, medo, ansiedade, determinação, etc. Charlie Brown é um dos personagens mais fracassados, sensíveis e subjetivos que um dia conheci.
Ah, e à parte isso, o filme ainda conta com referências a literatura, teatro e música clássica. ❤

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O Regresso
O Regresso é uma obra de arte, um filme de gigantes!
Dirigido por Alejandro González Iñárritu (de Birdman), o filme possui 12 indicações ao Oscar 2016!
Baseia-se na história real de Hugh Glass que, em 1822, é enterrado vivo em um cenário selvagem e ressurge para se vingar de quem lhe deixou para morrer.
Estrelado por Leonardo DiCaprio, O Regresso foi filmado no Canadá e à luz natural, o que proporciona uma fotografia maravilhosa e te coloca para refletir sobre a trabalheira de se produzir um filme tão bem feito.
Apesar de todo perfeccionismo envolvido, o filme é longo e pode ser considerado um tanto parado, por isso, é interessante assisti-lo sem cansaço e em um cinema confortável. Faça isso, porque vale a pena. Já estou querendo ver de novo! :}

E mais: 10 coisas que você (provavelmente) não sabia sobre O Regresso

Espero que gostem!


Uma ótima vida!
Valeu. :*

O Grande Gatsby

Olá! 🙂
Vim até aqui para fazer uma resenha curta do segundo livro que li esse ano: o clássico O Grande Gatsby.

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O Grande Gatsby foi escrito pelo americano F. Scott Fitzgerald, e é considerado uma obra prima do autor. A obra foi publicada nos anos 20 e tal qual a realidade da época, fala sobre o período da Primeira Guerra Mundial e a juventude pós guerra.

O autor levanta questões como a prosperidade, o luxo, o materialismo sem limites e algumas questões morais.

A história é narrada pelo jovem Nick Carraway, que passa a observar as festas extravagantes na mansão do seu vizinho Jay Gatsby. Certo dia, ele é convidado para uma delas e se inicia assim, uma nova amizade.
No início do livro, Gatsby é um homem muito misterioso. A fonte da sua fortuna é motivo de boatos entre os que frequentam suas festas; alguns dizem que ele é traficante enquanto outros afirmam que Gatsby já matou um homem. Todavia, Gatsby, reservado sobre sua vida pessoal, abre-se com seu amigo Nick e lhe conta sobre seu antigo amor por Daisy, esta é prima de Nick e assim, é revelada a razão da aproximação entre vizinhos: Gatsby  quer se reaproximar da sua amada.
Acontece que passaram-se muitos anos desde que Gatsby e Daisy tiveram sua história de amor. Agora, Daisy é casada com Tom, um antigo atleta, com quem possui uma filha de 4 anos.
Nick atende aos apelos de seu amigo bilionário e prepara um encontro entre Gatsby e Daisy, encontros estes que começam a acontecer com frequência.
E quanto ao marido de Daisy? Tom também tem o seu deslize moral, ele possui uma amante para quem provê casa, comida e roupa lavada.
Em meio a descobertas, explosões emocionais, bebidas e festas, Nick nos conta como a história do Grande Gatsby se desenrola. E o final disso tudo é bem surpreendente! 🙂

A juventude é claramente impactada pela sociedade pós guerra. Jovens adultos loucos, embriagados, festeiros, artistas e fornicadores. Segundo relatos, o autor estaria fazendo uma critica ao famoso “Sonho Americano”.

O livro é curtinho e tem uma escrita bem fácil de ler. Se você for ansiosa (o) como eu, vai sofrer apenas com o fato de demorar pra entender ~qual é~ a do tal do Gatsby.

A obra ganhou uma peça a Broadway e duas adaptações para o cinema (filmes dos quais pretendo ver ainda).

Trailer do filme de 1974:

Trailer do filme de 2013:


Espero que gostem!


Uma ótima vida!
Valeu. :*

 

 

 

Frances Ha

Frances Ha
Diretor: Noah Baumbach
Ano: 2013

Oi, tudo bom? 😀

O que dizer sobre Frances?
A vida de Frances caminha em tempos de crise. Ela é uma jovem linda e extrovertida que saiu da sua cidade em busca do emprego dos sonhos e divide apartamento com sua melhor amiga.
Porém, sua amiga decide que é hora de tentar algo novo e se muda para viver com o namorado. Frances, que apostou todas as fichas na eterna fidelidade de morar com a amiga, sente-se perdida e então, vemos durante o filme, muitas características da atual juventude dos 20 e tantos anos.

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Vi em Frances um medo de crescer e tornar-se uma adulta altamente responsável. Ela, desastradamente, não acompanha o ritmo da sua amiga e de outras pessoas ao seu redor, isso transforma Frances em uma pessoa um pouco infantil, porém sonhadora e que, apesar da imagem de uma mulher forte, eu colocaria uma placa de “cuidado, frágil!”. Por vezes, vejo muito de Frances em mim.

Frances Ha é uma boa aposta para quem procura um filme introspectivo e real ou pra quem está tentando se encaixar em algo no mundo. Além disso, é envolvente ver a sua trajetória e dá curiosidade de saber como ela vai prosseguir a vida.

Sua fotografia é linda e autentica, inclusive, o filme é inteiro em preto e branco.

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Essa cena é ao som de David Bowie.

Então, se você se deparar com esse filme não fique receosa (o) em ver, tem um tesourinho ali, ok?!


Uma ótima vida!
Valeu. :*

 

Moonrise Kingdom

Moonrise Kingdom
Ano: 2012
Diretor: Wes Anderson

Oi, tudo bem? 🙂

Moonrise Kingdom  é um drama muito engraçadinho sobre crianças que fogem. OK.
Sam, um escoteiro e Suzy, uma leitora ávida, se conhecem e descobrem que tem algo em comum: são pré-adolescentes que se sentem deslocados do lugar em que vivem e das pessoas com quem se relacionam. Por isso, por meio de troca de cartas, planejam sua fuga. São procurados pela família de Suzy, um policial e o chefe escoteiro de Sam.

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Durante a busca e com outras novas fugas a trama começa a ganhar forma. Sam e Suzy estão em um momento de descoberta diante da constante crise em que vivem – retratados até com uma certa inocência no filme. Se eu  fosse definir o filme em duas palavras: melancolia doce.
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E a trilha sonora de Moonrise Kingdom é uma tragédia à parte. Ouve só!
Tem o filme na Netflix, assiste lá! :*

Uma ótima vida!
Valeu. :*